terça-feira, 10 de junho de 2014

Luz Violeta

Uma voz do de dentro me disse:
Tu não podes enlouquecer
O amor há de ser sereno

Eu escrevi tantos versos
Para minh'alma acalmar
essa passagem ao relento

Essa vida Tão antiga
Me repete acontecimentos
tuas raízes hão de fincar

E agora emudecido
pelas orientações do lá de dentro
Eu lacrimejo engrandecido
esta dor não vai magoar

Mas é mentira destes ventos
O lá de dentro pulsa alto:
- Tudo irá passar
Nessa vida nada fica.

Os amores virão aos milhões
Essa é tua vida
guarda a tua guarnição

Eu então me desconcentro
Repouso os sentimentos
e lá de dentro compreendo
a sabedoria ancestral

Esta linha irá arrebentar
e mais uma vez o lá de dentro me orienta:
- feche os olhos, mais uma vez irás sonhar.

E durmo tantos sonhos
Já não sei o que é real
Te organiza - me diz o de dentro

Escrevo longas cartas
o meu sentimento ideal
Emancipo a minha beleza
Transmutada em poesia

E o lá de dentro me orienta:
- Não sofra, desenvolva a tua alquimia.

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