Uma voz do de dentro me disse:
Tu não podes enlouquecer
O amor há de ser sereno
Eu escrevi tantos versos
Para minh'alma acalmar
essa passagem ao relento
Essa vida Tão antiga
Me repete acontecimentos
tuas raízes hão de fincar
E agora emudecido
pelas orientações do lá de dentro
Eu lacrimejo engrandecido
esta dor não vai magoar
Mas é mentira destes ventos
O lá de dentro pulsa alto:
- Tudo irá passar
Nessa vida nada fica.
Os amores virão aos milhões
Essa é tua vida
guarda a tua guarnição
Eu então me desconcentro
Repouso os sentimentos
e lá de dentro compreendo
a sabedoria ancestral
Esta linha irá arrebentar
e mais uma vez o lá de dentro me orienta:
- feche os olhos, mais uma vez irás sonhar.
E durmo tantos sonhos
Já não sei o que é real
Te organiza - me diz o de dentro
Escrevo longas cartas
o meu sentimento ideal
Emancipo a minha beleza
Transmutada em poesia
E o lá de dentro me orienta:
- Não sofra, desenvolva a tua alquimia.
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