quarta-feira, 7 de agosto de 2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

LÂMPADA LILÁS

I

em mim ressoam
Frequências e ondas de rios-oceanos
Júbilos lílases e noviciados de amor
Céus róseos e pequenas estrelas orbitando ao redor da cabeça

II
O que me pulsa é bronze,
terra germinada por minúsculas presenças
Tudo brilha em louvor a existência da vida.

III
Esse monte de luz e escuridão
Leite intergalático nas entranhas escuras de inumeráveis buracos negros
Tudo contamina
EUTU esta é a chave para tantas geografias
A chave para morte e vida
È O QUE EXISTE.

IV
A minha caveira rocha do mundo
Fluido contínuo e eterno
Tantos outros que já foram e outros que serão
Ciclo de chuvas florestas e igarapés.

sábado, 15 de junho de 2013

Cavalo

Por onde andas cavalo galopante
com sua força brutal destruidora de tantos solos?

Porque corres assim ensandecido
bebendo a vida sem mesuras
querendo voar, e não mais cavalgar por entre os solos?

Para onde vais nas noites escuras solitárias
cavalgar sem sela na ebriedade mundana
furioso, Indignado?

É a presença do sangue
latência que arde nos músculos fortes?

Crina
Rabo
Cascos

Cavalo de dentes largos
riso relinchado, por onde trotas?

Teu pulmão selvagem
teus olhos de bicho querendo avançar.

Quando tu não mais estiveres aqui na memória
sei que  ainda assim continuarás cavalgando
Veloz Fogo nas Patas Faísca

Galopando Galopando
Até não tocar mais solos

Voarás alto
te verei cometa
Asas e Caudas
Brilhando
Violento.

Sobre aqueles meninos

Os meninos de antes entre as grades paredes
sob o asfalto subterrâneos da cidade
toda a vala
todo boeiro
todo esgoto
É brinquedo
Espaços pós-guerra
O mundo de tantos alienígineas
O planeta terra destruído pela habitação humana


Os meninos ainda saem para a rua?
Alguns no verão outros no inverno
tem os meninos que gostam de tomar banho de chuva na terra sobre a grama
tem os meninos que gostam de tomar banho de sol na areia sobre os grãos

Eu conheci tantos deles
tinha um que só brincava a noite
e adorava a luminosidade das lâmpadas
o segredo da noite,
o tilintar das estrelas.

E ainda me Lembro de alguns deles,
 tinham tantos nomes: Rafael, Antônio, Horácio, Alex, Leandro, Fabricio.
Gostavam de se aventurar em ilhas perdidas, se conectar com os raios do trovão, comer insetos.
E eu gostava tanto de todos eles.

Assassinos
Dinossauros

Tesouros
Poderes

Escavações
Acampamentos

E os meninos corriam corriam
e riam sorriam
Aqueles meninos que domavam a morte.



SOB A LÂMPADA

OSSOS E PELE
TEU CORPO PEDRA
PESADO
ESMAGA SUPERFÍCIES
CAMBALEA
DERRUBANDO PAREDES E GIRASSÓIS

POROSO
TEU CORPO CRAVEJADO
CAVERNAS
SUBTERRÂNEOS

PEDRA E ÁGUA
ESCORRE ESCADAS
PASSAGENS
PAISAGENS
TE LÁPIDA

A TUA NATUREZA
CHAPADA E VEGETAIS

TEU CORPO PALEOLÍTICO
TUA ANCESTRALIDADE  ESCALACTITE
TEU TERRITÓRIO OSSO E PELE.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Eu corri tantas vezes para a morte...a minha vida liquida se despejando em goteiras de uma bica semi fechada. Eu não tive medo de nada. Da faca na garganta, da pedrada nas costas, dos deleites embriagados com os mendigos nas ruas. De fumar craque e caminhar solitariamente atormentado pela cidade. da trepada com o garoto de rua caolho. DO SANGUE DERRAMADO.
Porque tudo é pulsante e furioso. Essa vida que quer pular, se suicidar, acabar enquanto o fogo ainda queima, estoura.
Eu não tive medo de olhar na cara dos estupidos, dos sanguessugas. De beber até cair, de acordar em lugar desconhecido. De deixar ser levado por caras sem nomes, das doenças de Vênus. Eu não tive medo de morrer. Eu não tive medo de absolutamente nada.... A não ser do teu toque, da tua pele, das tuas falas e teu beijos de amor novamente.

ASHE 1979

sábado, 5 de janeiro de 2013

21-12-12

Teus beijos de amor
contra o fim dos tempos
Minha poesia viva eterna
na boca do tempo.
Na tua boca
o verbo o beijo
lento contra o fim dos tempos.
Entre linguas molhadas saliva
o príncipio da vida
tua boca água
minha boca lascívia.
Liquida vida viva
contra o fim dos tempos.