Eis mais uma vez cego em busca de um lugar frio e luminoso
O meu olho percorre paisagens : serras,planícies, planaltos florestas
Teus olhos enfim o lugar do meu repouso sobre tua supercie
O teumeuteumeucorpo infinita paisagem
Teu corpo roxo negro profundidade e despudor
Me abraças acalento
Meu corpo
Frio
Tenso
Pálido
Tu sempre noite....
Imensidão
Poros grãos
E chove bravo, me envolve sereno
Tua pele macia e suada
Teus
Membros
Umbigo
Cabeça
E sexo
Aniquilado
Verme e putrefação
Tantos corpos
E este o meu ainda
O tempo do nada
E me faço histórias e tradições
O antes e o além daqui
O tempo do nada
O agora
Os passarinhos e tantas flores
A lama
Teu corpo concretude e fluidez
E depois da escura noite infinita alguma coisa que ainda faça ter sentido sobre a tua superfície roxa e frutífera.