segunda-feira, 21 de julho de 2014

Possuído

Com que olhos eu te olho?
Ah! Queria eu domar este espirito possessivo
que apossa minh'alma, transformando-me neste ser patético a que os poetas chamaram de apaixonados.

Queria eu ter a frescura dos cônegos que afastam de si, toda a perversa paixão. Sem derrubar igrejas e monastérios.

Sortilégio! Feitiço!

Quanta nebulosidade reveste o meu olhar.
Maldição!

Estou sedendo e impregnado pelo ar de Satã!
Espalhado pelo ar , tal qual virose a me incorporar.
Onde quer que eu respire.

óh trevas!
Tua pele, tua saliva, teus canais ílicitos a embriagar-me.

Quisera eu curar-me desta febre demoníaca. Mas nem pertenço agora a mim mesmo.

Oh fagalhos d'alma! estupidamente entorpecido.
Ignóbil possessão, bruxaria.
Se ao menos tivesse razão.

Que nome terá essa droga que a mim avassala o apetite e a consciência?
E riem de mim.
Quanta covardia!
Já não sei como fugir...estou condenado!

ARQUITETURA

Aniquilo antigos parâmetros
para elaborar novos projetos
E ergo neste recente local
Um recinto ainda indefinido
Um espaço para possíveis construções

Planejo inúmeros objetivos
Categorizando minunciosamente especificidades
Mas dessa premissa abstração, surgem
Arquiteturas híbridas
Planas, curvas, transversais, perpendiculares
Desconexas

Reconfiguro planilhas
Adequando a nova realidade arquitetônica
Maquetes, sistemas hidráulicos, plantas baixa
Contrario obtusos esquemas habitacionais.

Armo pedra sobre água, tronco de árvores,
pilares de concreto, flores, janelas
Amplio as fronteiras geográficas deste território
Difundindo novas ideologias de ocupação