Com que olhos eu te olho?
Ah! Queria eu domar este espirito possessivo
que apossa minh'alma, transformando-me neste ser patético a que os poetas chamaram de apaixonados.
Queria eu ter a frescura dos cônegos que afastam de si, toda a perversa paixão. Sem derrubar igrejas e monastérios.
Sortilégio! Feitiço!
Quanta nebulosidade reveste o meu olhar.
Maldição!
Estou sedendo e impregnado pelo ar de Satã!
Espalhado pelo ar , tal qual virose a me incorporar.
Onde quer que eu respire.
óh trevas!
Tua pele, tua saliva, teus canais ílicitos a embriagar-me.
Quisera eu curar-me desta febre demoníaca. Mas nem pertenço agora a mim mesmo.
Oh fagalhos d'alma! estupidamente entorpecido.
Ignóbil possessão, bruxaria.
Se ao menos tivesse razão.
Que nome terá essa droga que a mim avassala o apetite e a consciência?
E riem de mim.
Quanta covardia!
Já não sei como fugir...estou condenado!
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