I
misseis sob a cidade
enluarada
cidade incendiada
pelas bombas vindas
de algum país imperialista
o sol chapando
os onibus ao pico
mais quente do ano
do lado de fora
não ha gastos
apenas o cigarro quente
ao meio dia
saudades de tantas coisas
de quando o mundo
falou de liberdade
andarilhos atravessando
fronteiras, as ruas ocupadas
de musica e fé
dias melhores
o agora se fazendo presente
o futuro acontecendo hoje
II
eles falam palavras
de agouro e agonia
o terror para compor cabeças
a minha imaginação
poderosa contra as mazelas
do mundo.
O medo, o terror
a mentira, disseminados
como um Virus letal.
os mortos fuzilados
nas esquinas
zumbis implorando por vida
nos shopping centers
lá fora a floresta
unica especie viva de arvore
do mundo. Centenaria.
te vigiam e depois
uma invenção de
felicidade feita de cartões e
superfaturamento
Apenas uma casa
um barco ancorado
em alguma ilha
teu corpo, tua casa
e um repouso contra
as guerras
III
mas tu tens sangue raro
valentia de outros tempos
avatar de eras imemoriais
te pensas pequeno,
em meio aos escombros
e uma voz que nunca cessa.
retratos que incomodam
a sala de visitas
e os bons costumes
boca, punhos e rosto
pintados de vermelho
sempre há sangue
vida que insiste
nas fotografias estampadas
dos esquecidos que gritam
IV
valentes, inocentes
nunca morrem
rica ancestralidade
o corpo suado
sob a rede, odor de
agua de cheiro para imitar banhos
a gente dividindo o mesmo espaço
cama no chão, lençol
e depois nunca mais
um ensopado de carne
os vinte sentados
face a face nunca vista
há marcas e cicatrizes
no olhar. rosto de todos
Fúria, brasa mora.
Aproximo de fogo
V
nossas caras as mesmas
desde as grandes epidemias que
assolaram a humanidade
a gente segurando
forte, mãos sobre mão
resistindo
as piores tragedias do capitalismo
lucidos contra as artimanhas
da corrupção e deslealdade
dos grandes navegadores
Vigas sustentadas
como em antigas batalhas
pelejadas contra o nosso corpo firme
me beijas, teu olho
de fogo e desejo
abraçados olhamos as estrelas
VI
o mundo antes de nós
acima de nossas cabeças
iluminado, apenas o amor.
Lua secreta
guardiã de antigos ensinamentos
a cidade quente e as luzes sob a água.
Aviões, tanque
uma guerra silenciosa e
mesquinha contra a vida.
uma falsa fantasia
de que eles sabem oque é melhor
a miséria alimentando os ricos
me beijas, não há medo
e velhos paradigmas. Meu corpo
terra de amores e lutas.
nós abraçamos entre
os gases tóxicos. juntos
somos inbaláveis.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
terça-feira, 15 de novembro de 2016
gambiarra
O céu do por do sol
de uma cidade amazonica
roxo, magenta, cor de fogo
pupila rosea no meio do céu
homem saindo d'agua
olho de boto,cor de jambo
encarnado
O céu do por do sol
de uma cidade amazonica
me fita misteriosa por sobre
as matas verde clarissimas
escura querendo anoitecer
umida de rios e passaros
silenciosa
O céu do por do sol
de uma cidade amazônica
viadutos cortando a paisagem
pontes de concreto e abaixo
igapós, rios de esgotos
garças brancas em lamacais
lodoso
O céu do por do sol
de uma cidade amazônica
casca de tucumã
pupunha cozida as 5 da tarde
uma bandeira vermelha
tupinambá uma unica estrela
solitária
E então mergulha no bronze
ao fundo te banhas
e adormeces
lava, pedra dura
centro da terra
planetas em torno
teu coração pedaço de estrela
e anoitece quando me chamam
à porta, cintilancia estendida na mesa
Seda, cristal,cometa, feixe luminoso
papel de parede e palavras eróticas
te aproximas vestida de azul
indigo negro petroleo dos confins da terra
O céu sob o luar
de uma cidade amazônica
o dorso escuro de algum animal
do fundo dos rios manchado
arraias, poraquês jacarés-açus
circulo prateado refletido n'agua
Ùnico
o céu sob o luar
de uma cidade amazônica
os imensos arranhas céus
derrubando arvores centenarias
templo dos antigos povos
Samaumas, Seringueiras,Tauaris
Olvidado
o céu sob o luar
de uma cidade amazônica
uma imensa cobra sucuri observa
a briga entre canina e honorato
e te lembras da tua ancestralidade
filho de tapuias e cobra, Guamá
Circundando
o céu sob o luar
de uma cidade amazônica
banhos de rios, igarapés ao relento
a bica no quintal de casa, plantas
cheiro cheiroso depois do banho
para afastar panema e carapanãs
Abrigo.
E te aconchegas feito fogo
invadindo lugares fecundos
minha cama de palha no chão
uma rede esticada lembrando
o banzeiro nas embarcações
vindos do Acara trazendo
peixe e farinha
Os bichos falam dentro da mata
me abraças ao som da maré
e lá fora as crianças ainda brincam
a fogueira quente, fagulhas no ar
adormecemos mundiados
a cidade silencia entre as folhagens
Suspiro suado junto ao teu corpo quente.
Amanhã é outro dia.
de uma cidade amazonica
roxo, magenta, cor de fogo
pupila rosea no meio do céu
homem saindo d'agua
olho de boto,cor de jambo
encarnado
O céu do por do sol
de uma cidade amazonica
me fita misteriosa por sobre
as matas verde clarissimas
escura querendo anoitecer
umida de rios e passaros
silenciosa
O céu do por do sol
de uma cidade amazônica
viadutos cortando a paisagem
pontes de concreto e abaixo
igapós, rios de esgotos
garças brancas em lamacais
lodoso
O céu do por do sol
de uma cidade amazônica
casca de tucumã
pupunha cozida as 5 da tarde
uma bandeira vermelha
tupinambá uma unica estrela
solitária
E então mergulha no bronze
ao fundo te banhas
e adormeces
lava, pedra dura
centro da terra
planetas em torno
teu coração pedaço de estrela
e anoitece quando me chamam
à porta, cintilancia estendida na mesa
Seda, cristal,cometa, feixe luminoso
papel de parede e palavras eróticas
te aproximas vestida de azul
indigo negro petroleo dos confins da terra
O céu sob o luar
de uma cidade amazônica
o dorso escuro de algum animal
do fundo dos rios manchado
arraias, poraquês jacarés-açus
circulo prateado refletido n'agua
Ùnico
o céu sob o luar
de uma cidade amazônica
os imensos arranhas céus
derrubando arvores centenarias
templo dos antigos povos
Samaumas, Seringueiras,Tauaris
Olvidado
o céu sob o luar
de uma cidade amazônica
uma imensa cobra sucuri observa
a briga entre canina e honorato
e te lembras da tua ancestralidade
filho de tapuias e cobra, Guamá
Circundando
o céu sob o luar
de uma cidade amazônica
banhos de rios, igarapés ao relento
a bica no quintal de casa, plantas
cheiro cheiroso depois do banho
para afastar panema e carapanãs
Abrigo.
E te aconchegas feito fogo
invadindo lugares fecundos
minha cama de palha no chão
uma rede esticada lembrando
o banzeiro nas embarcações
vindos do Acara trazendo
peixe e farinha
Os bichos falam dentro da mata
me abraças ao som da maré
e lá fora as crianças ainda brincam
a fogueira quente, fagulhas no ar
adormecemos mundiados
a cidade silencia entre as folhagens
Suspiro suado junto ao teu corpo quente.
Amanhã é outro dia.
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