O CÉU FORRADO DE VELUDO AZUL MARINHO
VEIO VER DEVAGARINHO ONDE O BOI IA DANÇAR...
domingo, 22 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
FAROL
Os faróis do carro
Luzes em trafego
Pelas avenidas urbanas
Antes de tantas luzes as estrelas e os vagalumes
Era o tempo em que eu via tudo tão diminuto
O universo na cabeça de uma agulha
Os faróis luzes vermelhas e amarelas
Da janela eu brinco de desfocar minha visão
Vejo pequenas estrelas espalhadas pela cidade
O céu é aqui embaixo
Existência infinita
Luz e escuridão
Concretude e fluidez
Não existe ordem
Existem projetos
a vida
obetiva
precisa ser justificável
o meu sentido é interior
a minha escritura eles lêem
escrevo a minha historia numa página de papel
há quem apague
há quem transcreva
existem ainda os que alterem
citações em espaços acadêmicos
há quem diga que é mentira
um escritor nunca será dono de sua escrita
.....
Nem tudo esta decidido
Inúmeras possibilidades
Nem todas escolho
O universo é a cabeça
Me faço refaço e desfaço
Há quem faça por mim
Existem milhões de frestas
Tantas lacunas
Vírus e bactérias
Meu corpo não é imune
Tantos baques,quedas e contaminações
Me disseram que tudo é escolha
Existem coisas que se escapam ao domínio
Eu meu corpo
Fantasia e sangue
A medida
E a desmedida
Existe o entre, e os talvez.
....
Um tremor na mão um olhar vago
O emudecimento
O pertencimento
A noção de si. Incorrompivel.teu corpo exposto.os dentes que caem, e a febre tifoide.
Vacinas nem sempre previnem.
Me pedem sorrisos
O paradgma social, os ois,os olas,e os améns.
Não te podes escapar
A apatia é inimiga do empregador.
O sorriso determina um cargo
Se for banguela, a melhor coisa são as dentaduras firmes .
.....
Eu cuspo em quem me maltrata
Ninguém pode mudar meu ser.
Eu sei entre as avenidas que o céu é aqui embaixo
Tantas estrelas entre mim
Muitas tatuadas em meu corpo
Outras circundando invisíveis
Tem gente que só olha o que quer
Por isso continuo a desfocar meu olhar
Frente aos muros e a insensatez.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Pisca-Pisca
A visão do além
Dos além dos além
Lá de onde o vento faz a curva
Pertinho das franja do mar
Eu fui ninado um dia
Por um colo e mãos macias
Essa visão do acima do mundo
Das beiradas da terra
È um lugar que gente visível jamais foi
É tão longe,tão longe que nem da pra saber
Cientista jamais vai entender
É visão de eremita e poeta...essa visão dos além
Eu vou e volto
E eu sei que quando for definitivo
Vou ser ninado outra vez
Mãos macias e colo acalentado
E todo mundo vai me entender
E eu também entender as outras línguas
A gente não precisa de estudo pra saber o que a língua do olho fala.
Porque tem essa língua da boca e tem outras línguas.
O nosso corpo é todo língua.
Talvez seja por isso que os cachorros nos comunicam.
Faro e saliva
Eu tive essa visão eram muitos homens
Todos em guerra
Milhões de mortos
Eu estive ali
Meu corpo em febre
Corpo nu de menino correndo a casa
Eles querem meu corpo
Só eu vejo
Ninguém mais
Essas visões dos além dos além
É visão bonita mas dói
E eu vi tantas coisas
A distancia da terra e da lua
E meu corpo feito pedra pensante
Eu senti tantas também
Uma força em cima de mim um peso sobre meu corpo
E era velho
E tive tanto medo
Desfaleci nos braços de Hipnos
Seu irmão gêmeo tem sido generoso com ele e comigo
Ainda não é a tua hora
Ela há de chegar
E tu terás tuas visões
Tua vida e teus sonhos lá bem distantes dos além dos além
Pertinho das franjas do mar.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
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