quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Um dia
quando eu aprender
a domar um búfalo selvagem
não terei mais medo do tempo.

Um dia
Quando eu seguras
as crinas de um cavalo
em mim só existirá valentia.

E serei eternamente aquele jovem insano beatificado pela vagabundagem de tantas madrugadas acordado andando como um gato enloquecido pelas ruas taciturnas das cidades.

 E toda essa bravura que reside aqui dentro inflamará novamente, praguejando contra os inumeros corpos que se deslocam ordinariamente pelas ruas ao meio dia.

Então eu definitivamente terei sossego

E então eu terei amor

Quando um dia
eu aprender
sobre bufalos , cavalos
eu poderei cavalgar - "cheio de mim"- em cima de um cavalo
entre os automoveis
no trafego de alguma megalopole caótica,em
 meio as buzinas e hostilidades dos motoristas embriagados de fumaça advindos da descarga de algum caminhão carregado de pixe . Quente. Abafado. Enlouquecedoramente caloroso, pronto para tampas os buracos das pistas e estradas.

Eu caminharei radiante debaixo de um tempestade avassaladora

Caminhando em direção as contra ventanias de um outono cinzento e sem frutas
Enrijecendo musculos

fortalecendo dentes e ossos.

Eu então descansarei
em uma rede qualquer que pendurada
nas ripas de um navio enferrujado me levara para terra qualquer

onde eu não possa mais ver a vulgaridade da dor da perda

Eu então semearei
a impermanência

agradecendo aos céus
os anos de porraloquice juvenil 

e a todas as ações rebeldes contra os sistemas normativos
E énosamente perceberei o tempo reinar
Absoluto sobre a pele o sistema psicomotor e o sexo.

Mas isso só um dia

Um dia quando eu aprender a cavalgar lascivamente um cavalo
quando eu conseguir despurodamente subir em cima de um bufalo silvestre.