quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ode a mulher morta

Eu corri tantas vezes em sua direção
e por tanto tempo fugistes de mim
em direção a outros corpos 
outras bocas ias beijar
e me deixastes tão solitário
desesperado por teu conforto
 teus abraços desnudos.

Eu busco um aconchego
Mas você insisti em desdenhar esse que tanto deseja,
 Altiva que és
da tua glória incomensurável
misteriosa
me ignora.

Não beijo tua boca
não me tocas a pele
somente me deixas olhar-te 
 como musa de tempos remotos
 intocável, eterna e bela.

E continuas a fugir de mim.
Olhastes tantos rapazes de minha idade
e para eles destes tanto
Cama unguento e gozo.

De mim continuas a fugir
Será eu um predestinado a viver a te esperar
E se me beijares a boca assim de repente
devo ceder aos teus caprichos
ou desta vez fugir Eu

Se outrora fui valente
Arrisquei-me a própria vida
Hoje já não posso desmedir
espero tranquilo a tua vinda, porque agora quem irá me procurar és tu.

No entanto uma coisa ainda desejo, com os mesmo desejos de tempo de valentia
que me domines o corpo, me beijes serena.
Me afagues em teu braço e me nines amantissíma.