sexta-feira, 12 de abril de 2013

Eu corri tantas vezes para a morte...a minha vida liquida se despejando em goteiras de uma bica semi fechada. Eu não tive medo de nada. Da faca na garganta, da pedrada nas costas, dos deleites embriagados com os mendigos nas ruas. De fumar craque e caminhar solitariamente atormentado pela cidade. da trepada com o garoto de rua caolho. DO SANGUE DERRAMADO.
Porque tudo é pulsante e furioso. Essa vida que quer pular, se suicidar, acabar enquanto o fogo ainda queima, estoura.
Eu não tive medo de olhar na cara dos estupidos, dos sanguessugas. De beber até cair, de acordar em lugar desconhecido. De deixar ser levado por caras sem nomes, das doenças de Vênus. Eu não tive medo de morrer. Eu não tive medo de absolutamente nada.... A não ser do teu toque, da tua pele, das tuas falas e teu beijos de amor novamente.

ASHE 1979

3 comentários:

  1. Que bom ver-te por aqui, criamos os blogs juntos e eu deixei de escrever no meu por te perdido a senha. Sempre bom trocar formas pensantes contigo!

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  2. No estado de degenerescência em que nos encontramos, é através da pele que faremos a metafísica entrar nos espíritos. Quem disse isso foi M. Artaud. Deus salve a tua crueldade, querido.

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