terça-feira, 10 de junho de 2014

Luz indiga

Sinto tua ausência
O teu cheiro de mar
O teu corpo quente

Queria mirar inumeras vezes
O teu olhar e serenar
Sentir o teu sagrado incenso

E em todos os momentos
Que acenderes uma vela
Meu corpo sentir-se-á protegido
E sobre o abraço de tua pele estarei dormindo

Quando a noite eu ver teu olhar
Recordarei o que é amar
E a morte mil vezes venci
antes, de no teu corpo imergir

Sono profundo é o amor
Que passa rápido, ligeiro
tal qual beija flor

E tudo é intenso
feito faísca no tempo
como estrela a tilintar

Mas fique atento
que a poeira dos ventos
as águas irão levar

Eu estarei renovado
Aguas cristalinas de Vênus
Quando o meu corpo não mais beijar.

E tudo em mim será agradecido
por esse sentimento eflorescido
Que me fez os olhos brilhar novamente
como relampagos reluzentes de seres abissais.

Isso prova a toda hora
que os poetas sem discórdias
sempre quiseram amar

E isso os matavam
mas também os fortaleciam

A este sagrado tempo
de pulsar de corações
de salivas despejadas sobre mundos
Eu celebro esta comunhão.

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