sexta-feira, 13 de junho de 2014

Luminária

A vida
Eu Tu
querendo se acoplar
para a propagação da existência
e sermos algo difuso, imaterial, hereditário, infinito.

E me falam vozes:
Foges. Tu precisas ir.
Me desconheço em inumeros instantes.
Cada minuto, mil vidas.

Tu me amorteces
o reconhecimento de minhas tantas faces.
Permaneço.
Olhos de cães.

Teus dentes e púpilas
teu cheiro de planta silvestre
selvagem me retém

Me desmancho em lágrimas
sobre o teu corpo suado.
Tantas vidas em um só minuto.
Quantas mortes, olhando o teu olhar.

Querencia de ficar
Amanha provavelmente desfaça
E me falam aos meus ouvidos são particulas sonoras
Elétricas.

Emudeço
Vagueio em qualquer lugar no espaço
Ébrio
Sóbrio.Luminária

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