As cadeiras balancando pra ca e pra la
Os pés saltitando pianinho levantando a poeira
O sorriso desbocado preenchendo o rosto
Meu corpo debochado convidando a rua pra sambar
Levantando os pobres da praca, os transeuntes da avenida
Despudoroso, iconografico. Eu uma puta dos carnavais.
A cachaca entrando goela abaixo
A malemolencia sacana do rebolar inteiro
Suado, entre os vestidinhos de seda e os sueteres de algodao
A Cara vermelha, expandindo muito, muito amor
Na frente desse bloco solitario
O coracao fazendo a bateria para um festejo popular
A saudade compassando como um soluco ritmado de cuica
Eu um rios de lágrimas dancando contra a melancolia
Um carro abre alas iluminado pulverizando o frio e a solidao.
Nenhum comentário:
Postar um comentário